Entrevista de Clayton, o Grilo
Uma entrevista inusitada, mas bem interessante. Clayton Divina, ou Clayton Grilo, como é conhecido, foi o primeiro parceiro de ataque de Ronaldo Fenônemo, mas diferentemente do astro brasileiro, não teve grande sucesso no futebol.
Pouca gente o conhece, poderia falar um pouco sobre a sua carreira no futebol?
CG: Comecei no São Cristovão - RJ (em 1989 junto com o Ronaldo), joguei em vários clubes dentro e fora do país, como Grêmio, Fluminense, Atlético de 3 Corações - MG, Portuguesa - RJ, Taguaritinga - SP, Taguaral de Maricá - RJ, Deportivo Arábe Unido (do Panamá), Sorriso - MT, Mundo Novo - MS, Capaela -Al, Anchieta- RJ, Anatorsis (do Chipre), Estrela do Norte - ES, Olimpico - SE, Petrolina - PE, Central de Caruaru - PE, Águia Negra - MS e Genus de Porto Velho - RO. Eu era um ponta direita abusado, ia para cima do lateral meu estilo de jogo parecia muito com Euller, Sérgio Araújo e João Paulo.
Você foi o primeiro parceiro de ataque de Ronaldo. Na época, ele tinha um apelido. Qual era e por quê?
CG: Era Mônica, porque ele tinha os dentes avantajados.
Como era o Ronaldo fora dos gramados?
CG: Um garoto brincalhão, gostava de funk, não gostava de jogar contra o Flamengo, chegava sempre no 2º tempo falando que perdeu a hora.
Por que você acha que não deu certo no Grêmio?
CG: Eu era muito novo, saí do São Cristovão para ir para o Grêmio ficar no meio de muitas feras que eu via pela TV. Tava vendo a coisa acontecer muito rapidamente, ficava no banco de reservas em um time com feras de Seleção, como Eduardo, Paulão, Geraldão, Luis Carlos Winck, Charles, Denner, Junior (hoje técnico) etc. Fui sair para um festa típica do Sul cheguei 3 horas da manhã na concentração com uma loira, que era sacanagem, aí começou a dar tudo errado. Eu iria para o Inter, mas na época era tudo bagunçado, então resolvi vir embora e comecei a rodar o mundo.
Você encerrou sua carreira com 30 anos. Qual o motivo?
CG: Torci o joelho em Rondônia, e não tive um tratamento adequado. Jogava forçado, longe da família, não recebia... Até hoje sinto o joelho, estou esperando para operar, fiz a ressonância magnética, o Dr. Paulo César, chefe da ortopedia do heat, irá me operar.
De onde surgiu o apelido "Grilo"?
CG: Foi no Grêmio, na concentração não deixava ninguém dormir, falava a noite toda, aí colocaram meu apelido de grilo.
Atualmente você está com um projeto bem interessante, denominado COT. Como surgiu essa idéia?
CG: Quando eu jogava via as crianças do meu município sem lazer, sem nada para fazer entrando para vida errada ,então quando eu parei pensei agora dá para estas crianças. Então fundei o COT, Centro de Oportunidade ao Talento, em 5 de novembro de 2006.
Ainda sobre o COT, você tem apoio de vários jogadores consagrados no mundo do futebol. Você tem algum apoio financeiro de alguma empresa ou do governo?
CG: Tenho sim, mas não o suficiente para tocar o projeto do jeito que eu quero, como dar café da manhã, pois tem vezes que a criança vai treinar sem tomar café. Tem alguns amigos que são empresários que ajudam.Tem a dep. estadual Graça Matos que é a madrinha do projeto e o dep. federal Ezequiel. Estamos esperando uma resposta do Ministério dos Esportes (Lei do incentivo ao esporte). Espero que dê tudo certo, porque é difícil tocar um projeto desse, espero que nosso projeto seja aprovado, temos mais de 300 crianças de
Para finalizar, deixo o espaço para que você fale um pouco mais sobre o seu projeto, o COT (Centro de Oportunidade ao Talento).
CG: O COT é um projeto que visa dar oportunidade aos novos talentos esportivos de São Gonçalo.
Para mais informações, visite: www.cotalento.blogspot.com e também http://cot06.no.comunidades.net; ou no Orkut: Clayton Divina. Um abraço amigo com carinho do Clayton Grilo.
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